quinta-feira, 31 de outubro de 2013



31/10/2013 - 16h02 - Atualizado em 31/10/2013 - 16h09

Tenente-coronel é afastado, mas continua recebendo salário de mais de R$ 11 mil sem trabalhar

Tenente-coronel deve depor na segunda-feira. Militar pode ser condenado por três crimes, com pena de 13 anos de reclusão

Reprodução
o tenente-coronel José Dirceu Pereira, que tentou dar uma carteirada em uma blitz no último dia 13, na saída de uma boate na Reta da Penha, foi afastado do cargo pelo comando da Polícia Militar, mas continua recebendo salário de mais de R$ 11 mil. Ele era assessor jurídico do comandante-geral da PM, coronel Edmilson dos Santos, mas permanecerá afastado do cargo até o término das investigações, que deve durar no mínimo 40 dias.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que o tenente-coronel não foi designado para nenhuma outra função e permanece à disposição das investigações. Mas segue recebendo o salário de tenente-coronel, que é de R$ 11.449,65. O valor está disponível para consulta no Portal da Transparência.

Após a divulgação das imagens e áudios que mostram o militar sem cinto de segurança e aparentemente embriagado, tentando intimidar os policias de trânsito para escapar da blitz, o caso está sendo investigado pelas polícias Militar e Civil e pelo Ministério Público.
 


Delegado de Trânsito pretende ouvir coronel na segunda-feira

O delegado de Delitos de Trânsito, Fabiano Contarato, que participa das investigações sobre o caso, disse que pretende ouvir o tenente-coronel José Dirceu Pereira na próxima segunda-feira (04). O militar pode ser condenado por três crimes, com pena máxima de 13 anos de reclusão.

"Ele será indiciado por resistência - por se opor a um ato legal que era a blitz -, desacato - a lei penal prevê punição para desacato entre servidores públicos, mesmo quando o desacatado tem posição inferior à de quem o desacatou -, e denunciação caluniosa, por denunciar os policiais que o abordaram sabendo que eram inocentes. Os três crimes juntos podem render uma pena máxima de 13 anos de reclusão", esclareceu o delegado.

O caminho da punição

Polícia Militar
Apuração
Foi aberto Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria da Polícia Militar para apurar condutas do tenente-coronel e demais militares. O IPM dura 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20