quinta-feira, 13 de junho de 2013


Afif tem maioria para evitar cassação do mandato de vice-governador de São Paulo

Político é alvo de processo na Assembleia por acumular cargo com o de ministro; segundo apuração do iG, pelo menos 7 dos 13 membros da CCJ votarão contra impeachment

Natália Peixoto - iG São Paulo  - Atualizada às 

Mesmo com o parecer favorável do relator Cauê Macris (PSDB) pela cassação do vice-governador de São Paulo, Afif Domingos (PSD ), o pedido pela perda do mandato não deve avançar além da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia de São Paulo (Alesp). Afif é alvo de processo por acumular o cargo de vice com o de ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa. Segundo o iG apurou, pelo menos 7 dos 13 deputados da comissão votarão a favor de Afif. E, com este placar, se a votação fosse hoje, a cassação seria arquivada.
iG ouviu oito deputados da CCJ, e apenas um preferiu não revelar seu voto. Entre os sete que revelaram a sua posição, alguns pediram sigilo à reportagem.
O parecer a favor da cassação de Afif foi entregue justamente no período em que o vice de Alckmin exerce interinamente o governo do Estado. Na última sexta, Afif pediu exoneração da Secretaria da Micro e Pequena Empresa para substituir o governador que está em viagem à França. Hoje (13) ele deve ser novamente nomeado ministro pela presidente Dilma Rousseff.
Divulgação/Assembleia de São Paulo
Guilherme Afif Domingos, ministro da Micro e Pequena Empresa
O placar apertado na CCJ da Assembleia de São Paulo indica que a discussão sobre o futuro de Afif será acirrada, principalmente se os membros de partidos aliados ao governo seguirem a orientação do relator, vice-líder do PSDB na casa. Os deputados tucanos afirmam não terem recebido orientação sobre o caso e aliados cogitam inclusive se abster na votação, para não entrar em uma briga que seria entre PSDB e PSD.
A CCJ marcou para a próxima quarta-feira (19) uma sessão extraordinária para analisar o caso. Hoje, o Colégio de Líderes da Assembleia rejeitou a possibilidade de aceitar um pedido de urgência do deputado Carlos Gianazzi (PSOL) para acelerar o trâmite, o que significa que, caso ninguém peça vista (mais tempo para analisar o processo), a ação pode levar meses para ser votada.
Depois da votação pela continuidade ou não o pedido de cassação, o vice-governador terá o prazo de cinco dias para apresentar sua defesa por escrito. Em seguida, Macris dará um novo parecer, desta vez definitivo, que novamente será apreciado pela CCJ. Se aprovado, será encaminhado ao plenário. Para ser cassado, Gianazzi precisaria conquistar a maioria absoluta da Casa, que está dividida em relação a Afif.
Votos
Além dos votos do PT e do PSD a favor de sua permanência no cargo, Afif ainda conta com o apoio do PMDB, representado pela deputada Vanessa Damo, e do PSB, de Carlos Cezar, além do apoio de Roque Barbieri (PTB). Barbieri disse ser contra a cassação, pois o cargo de vice é de “expectativa”. “Se ele não aceitasse ser ministro iria ficar em casa, esperando?”
O argumento mais ouvido é que a situação é a mesma de um vereador ou deputado que se afasta para assumir uma secretaria, e que o cargo de vice no Executivo é correspondente ao de suplente no Legislativo.
No entendimento dos deputados, o vice-governador só estaria agindo inconstitucionalmente, se não tivesse sido exonerado por Dilma, situação que ainda pode acontecer, mas não é aceitável cassá-lo preventivamente. “Nós não podemos punir crime futuro, só fato”, argumentou Cezar.
Para Carlos Gianazzi (PSOL), autor do pedido de cassação, a maior dificuldade é passar o pedido pela CCJ, onde, apesar de prever um placar “apertado”, espera a continuidade do processo. “A nossa luta é para que chegue ao plenário”, defende. ”Na votação no plenário, nós temos perfeitas condições de cassar o mandato, porque ele tem minoria.”
Outro caminho
Na manhã de hoje, Gianazzi protocolou um pedido de abertura de uma ação civil pública para questionar judicialmente a permanência de Afif nos dois cargos.
O procurador-geral do Estado, Márcio Fernando Elias Rosa já deu parecer em que aconselha a cassação de Afif , já que o acúmulo de postos públicos é permitida excepcionalmente e somente quando há permissão expressa instituída na Constituição Federal.
Em entrevista ao Brasil Econômico antes de assumir o ministério, Afif negou exercer acúmulo de função , já que ele pediu exoneração do cargo de presidente do Conselho Gestor das PPS. “O cargo do vice é eleito. O vice é expectativa de poder. A legislação hoje nem proíbe, nem autoriza. Ela é omissa. Não estou infringindo lei nenhuma.” Em seu favor, Afif tem um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que diz que a dupla função é permitida.

quarta-feira, 12 de junho de 2013


Restrição a partidos traz à tona debate sobre interferêcia do STF no Legislativo


Um dia após exoneração de subprocuradora que criticou conflito entre Poderes, Supremo terá de decidir se endossa ou não a decisão que barrou a tramitação de projeto de lei

Wilson Lima - iG Brasília 
O julgamento do mandado de segurança contra a tramitação do projeto de lei que restringe a criação de novos partidos nesta quarta-feira (12) deve colocar o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma nova encruzilhada: ou a Corte mantém o entendimento de que é inconstitucional impor regras que dificultem o surgimento de novas legendas e contraria o Congresso; ou mantém a tramitação do projeto e deixa de lado decisões passadas sobre esse tema, evitando assim uma nova crise institucional entre os Poderes da República.
O julgamento ocorre um dia após a subprocuradora Deborah Duprat ter sido retirada do cargo de vice-procuradora-geral da República , por ordem do procurador-geral, Roberto Gurgel. O afastamento ocorreu em meio a divergências entre os dois no que se refere justamente à polêmica levantada pelo projeto sobre as novas legendas, de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-RJ). O texto, que restringe o acesso a fundo partidário e tempo de TV para siglas que não tenham representação na Câmara, teve sua tramitação barrada por uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes. Deborah Duprat manifestou-se publicamente contra a interferência no Legislativo, apontando o caso como um “importante e perigoso precedente”.
Oficialmente, os ministros do Supremo se dizem contra a usurpação de Poderes e afirmam que várias decisões polêmicas não resultam em atos legislativos disfarçados de decisões judiciais. Mas eles também não negam que existem, em várias normas, “vácuos legislativos”, que criam a necessidade de normatização por parte do Supremo. Também existe um entendimento cristalizado na Corte de que qualquer alteração na interpretação de uma lei somente ocorre em casos em que “há flagrante desrespeito ao devido processo legislativo ou aos direitos e garantias fundamentais”.
Há, entretanto, dentro do Supremo, jurisprudência para a interrupção de tramitação de projetos de lei. Nos últimos dez anos, sete projetos de lei foram barrados no STF ainda na fase de elaboração.
“Se é certo que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reconhece a possibilidade de avançar na análise da constitucionalidade da administração ou organização interna das Casas Legislativas, também é verdade que isso somente tem sido admitido em situações excepcionais em que há flagrante desrespeito ao devido processo legislativo ou aos direitos e garantias fundamentais”, afirmou o ministro Gilmar Mendes, no mandado de segurança que interrompeu a tramitação do projeto de Edinho Araújo.
Sem clareza
Entre os próprios ministros, não existe clareza em quais casos são adotadas posturas mais “garantistas” (quando há uma interpretação inequívoca da Constituição e de respeito às instituições) ou mais progressistas. Os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Teori Zavascki e Dias Toffoli são mais garantistas. Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Marco Aurélio de Mello são mais progressistas. O ministro Luís Barroso, que assumirá no dia 26, também tem uma postura mais garantista, de íntegro respeito aos trâmites legislativos.
O ministro Lewandowski, por exemplo, durante o julgamento do mensalão, foi contra a cassação automática de mandato de parlamentares condenados pela Corte. Mas, no ano passado, durante o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) relacionada à criação do PSD, partido criado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, ele teve uma postura progressista. A ação pretendia impedir que novos partidos tivessem maior acesso ao tempo de TV, com base nas bancadas atuais e não nas bancadas eleitas. Lewandowski determinou que novos partidos deveriam ter direito ao tempo maior, com base em suas bancadas.
Nesse caso, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, foi a favor de regras mais rígidas para a criação de novos partidos. Na época, Barbosa afirmou. “Ela (a ação) visa visivelmente a resolver um problema pontual de certas agremiações. ADI não se presta a esse tipo de jurisdição. Mesmo que tenha sido proposta. É para isso que serve uma ADI? Nós estamos pisando em espinhos”, disse.
Matéria vencida
Em relação aos novos partidos, existe um entendimento entre alguns ministros, conforme apurou o iG , de que o Congresso formatou um projeto de lei cujo ponto central já foi considerado matéria vencida pelo próprio Supremo em pelo menos quatro oportunidades. Duas em 2007 e outras duas em 2012.
O entendimento do STF sobre a criação de novos partidos é que qualquer cláusula que limite, dificulte ou impeça a implementação de novas legendas contradiz o que determina o artigo 17 da Constituição. Esse artigo afirma que “é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana”. O inciso 3º afirma que todos os partidos têm acesso a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão.

segunda-feira, 10 de junho de 2013


Na próxima terça-feira, dia 11, o telespectador da TV Arapuan vai acompanhar a estreia de mais um projeto da grade de programação local. Trata-se do Conexão Direta, a ser conduzido pelo signatário deste blog, todas as terças e quintas, a partir das 22h30.
Entrevistas , debates e informações conduzidas de forma objetiva e dinâmica sobre os principais temas de repercussão na Paraíba e no Brasil. Tudo com a qualidade da imagem em alta definição e emoldurado com as novas estruturas de estúdios e cenários adotados pela TV Arapuan.
No programa de estereia, uma entrevista ao vivo com o governador Ricardo Coutinho (PSB), discutindo administração e política. O blog aproveita para agredecer todos os parceiros do Conexão Direta, bementre eles, a equipe técnica ta TV Arapuan e a premiada agência Três Comunicações, responsável pela marca do programa, como a todos que cobravam nosso retorno, reafirmando a disposição de proporcionar sempre os melhores debates.

 Gugu se despede da Record: 

‘Tinha que ser assim’


        Gugu Liberato assumiu um tom político ao se despedir do público em seu último programa na Record, neste domingo. "Eu quero agradecer à Record, que sempre proporcionou uma excelente estrutura e a oportunidade de estar junto de vocês todos esses domingos. E agradecer aos colegas com quem convivi", disse o apresentador, olhando diretamente para a câmera.

A frase tenta minimizar a suspeita de que Gugu quis sair da emissora pelos constantes cortes na verba de sua produção decorrentes da crise financeira enfrentada pelo canal do bispo Edir Macedo. O tom conciliador também foi usado na nota oficial divulgada pela Record na última sexta-feira. No documento, a emissora afirma que o apresentador vai se dedicar à produção independente.

Antes dos agradecimentos, Gugu falou vagamente sobre o motivo que o fez rescindir o contrato com o canal. "Hoje termina a minha parceria nesta casa. Muita gente tem me perguntado o porquê. E eu respondo: porque tinha que ser, é simples assim."

Bastidores - Gugu Liberato deixou a Record quatro anos após sair do SBT. Na época, ele foi atraído por um salário mensal de 3 milhões de reais e as promessas de que teria verba à sua disposição para diversas produções. Gugu, que ainda teria mais quatro anos de contrato a cumprir na Record, estaria insatisfeito com a redução em seu salário proposta pelo canal, que vem diminuindo gastos e cortando funcionários.

Por outro lado, o programa de Gugu não deu à emissora a audiência esperada. Quando estreou, em 2009, a atração atingiu 16 pontos no ibope e chegou a concorrer com o Fantástico, mas o sucesso durou pouco e, um ano depois, a audiência despencou.

Veja o momento da despedida




Filiação de Luciano Agra ao PEN reúne PMDB, PSDB e PP no mesmo evento

O encontro foi realizado nesta segunda-feira, no Hotel Ouro, em João Pessoa
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Primeiro encontro estadual do PEN da Paraíba
A filiação do ex-prefeito de João Pessoa Luciano Agra ao PEN tornou o primeiro encontro estadual do PEN da Paraíba em um evento suprapartidário conseguindo reunir diversas lideranças políticas do Estado. O encontro foi realizado nesta segunda-feira (10), no Hotel Ouro, em João Pessoa.
A mesa de trabalhos do foi composta por Ricardo Marcelo (presidente estadual do PEN e presidente da Assembleia Legistaliva), Luciano Agra, Nonato Bandeira (vice-prefeito da Capital), Veneziano Vital do Rêgo (ex-prefeito de Campina Grande e pré-candidato a governador pelo PMDB), Ruy Carneiro (deputado federal e presidente estadual do PSDB),Daniella Ribeiro (deputada estadual do PP), Vituriano de Abreu (deputado estadual do PSC), além dos deputados estaduais do PEN, entre eles Janduhy Carneiro e Toinho do Sopão. Nenhum político petista de mandato, nem dirigente do PT compareceu ao encontro.
Depois de meses de reuniões com lideranças de diversos partidos, Luciano Agra surpreendeu e escolheu o PEN como sua agremiação partidária. Ele chegou como a grande estrela do partido e já assume o Diretório Municipal do PEN de João Pessoa.
Agra iniciou seu discurso de filiação com a frase de Albert Camus: “A vida é a soma de todas suas escolhas”, em referência a sua decisão pelo ingresso ao PEN. Aclamado pelo público presente, ele afirmou que só existe escolha difícil quando não se tem um objetivo em mente. “Fiz a escolha consciente e tranquilamente escolhi um partido ecológico (...) Chego para somar e quem sabe para multiplicar”, disse.
O ex-prefeito lembrou do processo que viveu na última eleição municipal, em que não obteve legenda do PSB para disputar o cargo de prefeito de João Pessoa, e sem citar nomes criticou “o que mais desejo é que minha voz seja ouvida já que ela foi sufocado pelo grilhões do autoritarismo”.
“A luta está apenas começando e o soldado Luciano Agra está se apresentado ao quartel da independência (...) Vamos a vitória”, finalizou o discurso.
Pela imprensa, ele foi questionado se irá disputar um cargo na chapa majoritária para as eleições do próximo ano, mas desconversou: "Nessa hora, é primeiro estudar estudar as conjunturas e se aprofundar no que é o PEN".
O presidente do PEN Ricardo Marcelo agradeceu a adesão de Agra ao partido. “Para nós é uma honra podermos contar com você para plantarmos e colher um futuro muito melhor. Contaremos com a valorosa contribuição de Agra para interiorização do PEN na Paraíba”.
Também marcaram presença no evento os deputados federais Hugo Mota (PDMB), Nilda Goudim (PMDB) e Benjamin Maranhão (PMDB); os deputados estaduais Assis Quintans (PEN), Zé Aldemir (PEN, Wilson Braga (PEN, João Gonçalves (PEN), Juntay Menezes (PRB), Edmilson Soares (PEN), Arnaldo Monteiro, Raniery Paulino (PMDB); os vereadores Bira Pereira, Bosquinho (DEM); dentre outros políticos.

Deputado protesta com fogos em frente  a hotel na Zona Oeste do Rio

Jair Bolsonaro protestou contra barulho de equipamentos do Sheraton.

Direção do hotel disse que problema será resolvido nos próximos dias.



O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) causou uma pequena confusão, na manhã desta segunda-feira (10), ao soltar morteiros em frente ao hotel Sheraton, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo ele, o ato foi um protesto contra o barulho causado por equipamentos instalados pelo hotel há cerca de um ano. O condomínio onde o deputado mora fica nos fundos do hotel.
Bolsonaro disse que já pediu providência, mas que nada foi feito. A direção do Sheraton, procurada pela equipe do RJTV, reconheceu o problema e disse que o caso deverá ser resolvido nos próximos dias.
No domingo (9), o hotel Sheraton passou por uma varredura feita por agentes da Polícia Federal para recepcionar a seleção da Itália, que chegou na manhã desta segunda-feira para participar da Copa das Confederações.
Segundo o especialista em segurança do RJTV Rodrigo Pimentel, Bolsonaro poderia ter ligado para 190, em vez de cometer uma contravenção penal, como perturbação do sossego
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