sábado, 19 de março de 2011

LEIA A COLUNA DE GISA VEIGA DO PORTAL POLITICA PB


Gisa Veiga é jornalista desde a década de 80, tendo passado pelos jornais A União, O Norte, Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba, no semanário e Jornal O Momento. Nessas redações, assumiu diversos cargos, de repórter a editoria. No telejornalismo teve experiências como repórter, comentarista e entrevistadora, tendo passado pelas TVs Cabo Branco, TV Tambaú, TV O Norte e como correspondente da Band. A ironia, misturada a um toque de humor, tem sido o principal tom de suas colunas.


Adote um político 14.03.2011 às 12h19min
O padre Djacy Brasileiro sempre gostou de uma polêmica. De algumas, eu concordo. De outras, discordo frontalmente. Essa da campanha “Adote um sapo”, defendendo a ação do animal em favor do homem, pareceu-me mais uma brincadeira, um viral no twitter, uma analogia qualquer. Mas vi que ele estava levando a coisa a sério mesmo.

Não, padre, não vou adotar um sapo. Nem cobras ou lagartos. E usar o twitter pra isso é mais um desperdício do uso dessa rede social.

Mas sugiro que os seus fieis adotem um político. Explico: muitos eleitores esquecem em quem votaram para deputado federal, estadual, até mesmo para vereador. Que tal, a partir da próxima eleição, levar a coisa mais a sério, escolher um candidato com mais cuidado, “adotá-lo” e passar a seguir todos os seus passos, cuidando para que não lhe falte bons projetos, disposição para o trabalho e indisposição para falcatruas? Seria uma forma de participação mais efetiva da sociedade nas ações dos parlamentares, dando-lhe ideias, dirigindo-lhe críticas, acompanhando seu dia a dia, postando suas impressões sobre o seu escolhido no twitter, facebook ou nos blogs.

“Adotar” seria, na verdade, fiscalizar. Você “adota” o seu próprio candidato e se encarrega de fiscalizá-lo. Afinal, ele é seu representante, já parou pra pensar nisso?

Pesquisando sobre o assunto na internet, encontrei ideia semelhante em Brasília, “Adote um distrital”. Segundo explica matéria do jbonline, por meio de um site as pessoas se cadastram para serem “padrinhos” de um deputado distrital. A missão é acompanhar de perto o que os parlamentares brasilienses, famosos pelos recorrentes escândalos, têm feito em seus mandatos.

Se pode dar certo por lá, pode dar certo por aqui. Já que se twitta tanta tolice, por que não usarmos as redes sociais para fiscalizar nossos políticos “adotados”? Por ser difícil fiscalizar a todos, a ideia de se “adotar” apenas um – o seu escolhido – torna a tarefa mais fácil. Sem falar que pode ser bem animada a atividade.

Ainda que seu político se pareça com uma cobra ou um sapo, vale a pena insistir em segui-lo. É mais útil. Viu, padre?

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