domingo, 27 de junho de 2010

PT lança Mercadante ao governo paulista e repete estratégia nacional


Brasil
PT lança Mercadante ao governo paulista e repete estratégia nacional
27/06/2010 17:03

Do G1

Em ato sem as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata do partido à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff, o PT oficializou neste sábado (26) a candidatura do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.

A convenção do PT-SP, em um centro de convenções na capital paulista, mostrou que a estratégia do partido no plano estadual repetirá o roteiro nacional: procurar “colar” o candidato ao presidente Lula, detentor de altos índices de popularidade - 75%, segundo o Ibope.

“O que deu certo no Brasil vai dar certo em São Paulo” e “O que Lula fez lá nós vamos fazer aqui” foram frases repetidas por Mercadante em seu discurso à militância petista.

Oposição em um Estado governado pelo PSDB há 16 anos, o PT reuniu outros dez partidos em sua coligação (PC do B, PDT, PR, PRB, PSDC, PTN, PRP, PT do B, PPL e PRTB), na maior aliança já montada pela sigla no Estado.

Completam a chapa de Mercadante o professor da USP Coca Ferraz (PDT), candidato a vice, a ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo Marta Suplicy (PT) e o vereador por São Paulo Netinho de Paula (PC do B), que disputarão o Senado.

Ao enfrentar um governo com bons índices de avaliação - em março, segundo o Datafolha, 55% consideravam a gestão do PSDB em São Paulo ótima ou boa -, o tom do discurso de Mercadante remete em alguns momentos à estratégia nacional de Serra.

“Esse Estado pode muito mais do que foi feito”, disse Mercadante, que defendeu “melhorar o que está bom”.

O tucano, cujo slogan na disputa presidencial é “O Brasil pode mais”, tem destacado que irá manter e aprimorar os programas federais de maior popularidade, como o Bolsa Família e o ProUni.

Participantes

Em Brasília para a convenção do PRB, Dilma apareceu em vídeo na convenção do PT paulista. Citou a participação de Mercadante na “elaboração dos principais projetos” do governo Lula e pediu aos presentes uma “oportunidade à São Paulo e à minha candidatura a presidente da República”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), candidato a vice na chapa de Dilma, fez rápida aparição na convenção. Previu vitória no primeiro turno da disputa presidencial e disse que Mercadante tem currículo "irretocável".

Três ministros do governo Lula também estiveram na convenção – os petistas
Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Luiz Barreto (Turismo) e Orlando Silva
(Esporte, PC do B).

Eixos de campanha

Mercadante, que perdeu para Serra a eleição para o governo paulista em 2006, destacou em discurso propostas nas áreas de transportes, saúde, educação e segurança.

Citando a experiência em trânsito e transportes do vice de sua chapa, Coca Ferraz (PDT), o candidato prometeu equiparar em dois anos a qualidade dos trens da CPTM aos do Metrô. Afirmou ainda que irá “recuperar” o transporte ferroviário no Estado.

Em outra referência ao governo Lula, o senador disse querer levar para a saúde o modelo do ProUni - programa federal para universitários carentes . A idéia, afirmou, é que o Estado banque o atendimento de pacientes do SUS em horários alternativos em clínicas e hospitais particulares, para procedimentos de alta complexidade.

Como promessa em educação, Mercadante procurou um contraponto à gestão tucana ao dizer que vai “olhar para o professor” – o governo do PSDB enfrentou greves e mobilizações da categoria. Afirmou ainda que irá promover policiamento comunitário e patrulha em escolas como políticas de segurança.

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