ARTIGO DE ROBERTO CAVALCANTE REPERCUTE NA
PM:
'Reformados e esquecidos'
Na hora em que mais precisa ser
lembrada, uma verdadeira legião de brasileiros é sistematicamente esquecida.(ROBERTO CAVALCANTE)
Esta realidade, que atinge os
aposentados e pensionistas do País, voltou a me rondar – após iniciativas
feitas no Senado Federal, onde deixei
em tramitação, entre outras ações, projeto de isenção de imposto de renda para
portadores de diabetes – por um paraibano, policial militar reformado.
Ele me abordou recentemente nas ruas de
João Pessoa, após me reconhecer como o “Dr Roberto” que vez por outra aparece
nos programas de Samuka Duarte, aqui na TVCorreio. E me pediu
para amplificar este abandono que tanto maltrata os brasileiros que já deram
sua contribuição ao País.
- Seja nosso porta voz, me pediu.
E acrescentou:
- No momento em que não sou mais
necessário, sou esquecido, disse, semblante angustiado ao constatar,
através de seu contracheque, mais uma omissão: os valores das aposentadorias e
pensões da PM na Paraíba ficaram estacionados enquanto o pessoal da ativa foi
contemplado com reajuste.
Sua interrogação continuada era: por
que? Por que o aumento não foi extensivo aos reformados? Por que esta legião
ficou de fora dos benefícios?
Ele sabe – assim como eu - que este não
é um problema pontual nem pode ser creditado ao gestor de plantão.
Infelizmente, o abandono a que
aposentados e pensionistas estão submetidos – militares e civis - é histórico.
E sem data prevista para acabar.
Os governos, porém, não poderiam
escolher pior alvo para cometer esta omissão.
Pois é justo nesta fase da vida – com a
eclosão de doenças e limitações – que os aposentados mais precisam de suportefinanceiro para fazer frente a despesas inéditas.
Coisas como alimentação diferenciada
(os lights e diets que custam infinitamente mais do que os produtos comuns) e a
lista nada modesta de medicamentos que passam a fazer parte da rotina diária de
quem já chegou a terceira idade.
Some-se a isso o fato da família
envelhecer junto, demandando os mesmos cuidados e amplificando ainda mais a
pesada carga financeira que acompanha a velhice.
São detalhes nada sutis que precisam ser
levados em consideração e devem motivar – ainda que com atraso - a revisão
dessa política de esquecimento e exclusão praticada contra nossos aposentados.
Roberto Cavalcanti
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