quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Maranhão monta circo em Campina Grande e dá cambalhota no debate da TV Cabo Branco para evitar globo da morte com Ricardo Coutinho

Tribuna do governador Fujão ficou assim!
Maranhão inventou uma nova modalidade na Paraíba. Pra quê ir ao debate dos outros, se você pode ir ao próprio debate?

Pra quê se submeter a regras pré estabelecidas por terceiros, se enquadrar a um tempo determinado e se expor à imprevisibilidade dos adversários, se você pode reunir um monte de militante partidário, um grupo de amigos no palco e dispor do tempo que quiser pra falar, sem riscos de vaias ou reprovações públicas?

Realmente, não tem sentido. Foi assim que pensou o governador da Paraíba, candidato à reeleição, o único do Brasil a fugir do debate entre os candidatos a governador realizado pelas afiliadas da Globo, ao deixar a tribuna vazia da TV Cabo Branco.

Não envergonhou seus eleitores, porque estes sabiam que corriam o risco de passar por vergonha maior se Maranhão tivesse comparecido.

Em vez disso, montou seu próprio circo. Escolheu a dedo quem iria dividir consigo o palco e, especialmente, quem ficaria na platéia. Numa arena montada no Parque do Povo, a militância de vermelho estava predisposta a aplaudir Maranhão, mesmo se ele não merecesse.

Aliás, Maranhão chegou a fazer troça do debate. Do palco, ainda teve coragem de dizer: “ Prefiro o debate cara a cara”. Desde que todos estejam de vermelho e segurando uma bandeira do 15 nas mãos, claro.

Estrategicamente, a equipe de campanha acertou. Fez um evento na hora do debate, distribuiu telões em 50 localidades do estado e transmitiu o “debate” do PMDB ao vivo para toda Paraíba. Deu um salto triplo carpado no debate da TV Cabo Branco.

Caso seja eleito no dia 3, apesar das ausências, Maranhão vai fazer história e os debates de televisão vão reduzir pela metade sua importância no contexto eleitoral.

Por mais que alguns poucos paraibanos reprovassem a atitude pouco corajosa de Maranhão, a campanha do PMDB tinha convicção que o governador ganhou mais faltando do que falando.

Afinal, perder por W.O é sempre menos feio do que por goleada.

Luís Tôrres

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