terça-feira, 21 de setembro de 2010

13º do Bolsa Família: sobre plágios e demagogias

Para muitos o Bolsa Família é a Boca de Urna com outro nome!


Demagogia copiada: candidatos disputam em forma de plágio extensão de programa assitencialista

A máxima copiar o bom é melhor do que inventar o ruim nunca foi tão bem empregada quanto nas eleições majoritárias deste ano na Paraíba. No entanto, no caso da discussão sobre plágio na tese do 13º salário para os beneficiados do Bolsa Família, só há uma tese a realçar: a falta de propostas dos nossos candidatos e, por tabela, a mediocridade que os une.

Explorado inicialmente pelo senador Efraim Morais, autor da lei aprovada no Senado há quatro anos, o projeto foi parar na disputa para governador. Caiu na boca de Ricardo Coutinho e, logo depois, na boca de José Maranhão. Nenhum dos dois tinha, entretanto, sequer sinalizado que fariam isso se eleitos quando apresentaram suas propostas de governo à Justiça Eleitoral.

Agarraram-se ao projeto ao sabor do vento depois que descobriram os efeitos eleitorais mágicos proporcionados pela tese. Inspirado pela mesma mediocridade, a equipe de Wilson Santiago embarcou na mesma corrente.

Candidato ao Senado e concorrente de Efraim, pegou carona, sem constrangimento, no projeto do senador democrata e chegou a criticá-lo pela iniciativa, como se dissesse: “Ei, esse projeto é muito importante pra ficar apenas com Efraim”.

Equipe de marketing sugere criação. Que é diferente de cópia. Santiago pagou para que o marketing de sua campanha revelasse que o “senador que só trabalha” precisa das idéias do “senador que só atrapalha” para se firmar.

Sinceramente, nunca vi tamanha pobreza de pensamento. É como se todos eles descobrissem que melhor do que Lula como padrinho é ter o 13º salário do Bolsa Família com cartão de visitas.

Acusando-se mutuamente, os políticos se esforçam tanto para dizer que são diferentes um dos outros, que acabam não percebendo que estão ficando cada vez mais iguais.

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