sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DE NOVO: GOVERNADOR FUJÃO NÃO VAI A DEBATE E VIRA CHACOTA DOS ADVERSÁRIOS


Mais que uma cadeira vazia 22.09.2010 às 13h31min
Não foi nenhuma surpresa a ausência do governador José Maranhão no debate promovido (terça-feira) pela TV Master e (quinta-feira) pela TV-TANBAÚ, com os candidatos a governador do Estado. Foram convidados os três com representação no Congresso Nacional: José Maranhão, Nelson Júnior e Ricardo Coutinho pala TV-MASTER e todos os outros Candidatos pela TV-TAMBAÚ.

Eu continuo questionando, nesses novos tempos de informação globalizada, se certos marqueteiros têm mesmo razão em não permitir que seus candidatos considerados “favoritos nas pesquisas” se exponham em debates, já que seriam os principais alvos dos adversários. Principalmente se seus clientes não têm grande desenvoltura em debates.

Isso já fez muito sentido em tempos idos. Hoje, não. Ninguém é tão condescendente assim com os candidatos como antigamente. Porque é num debate ao vivo, sem a espetacularização do Guia Eleitoral, que o candidato realmente se mostra como é, desnudo de efeitos especiais.

Maranhão poderia ter sido melhor treinado para falar dentro do tempo estabelecido nos debates, passar seu recado, dizer por que quer mais quatro anos de governo, por que é “o melhor”. O desempenho poderia até não ter sido tão bom, mas com certeza seria melhor do que simplesmente se recusar a debater. Porque essa recusa, isso sim, é se expor à chacota pública, à pecha de “fujão”, é como se tivesse algo a esconder e morresse de medo de ser surpreendido com uma pergunta para a qual não terá resposta satisfatória. E pode ter repercussão nas últimas pesquisas.

As TVs Master e Tambaú estão de parabéns por mostrar a cadeira vazia onde deveria sentar o governador José Maranhão. Foi sua forma de protestar contra o que considerou desrespeito aos seus telespectadores. A cadeira estava lá, vazia, com seu nome, mostrando que ele fugiu ao confronto de ideias, à exposição de programas, às perguntas tidas como “cavilosas”, mas que são inerentes a debates desse tipo e todos têm que estar preparados para isso. Por várias vezes o lugar sem o candidato foi mostrado pelas câmeras da Master. Será que o eleitor de Maranhão, aquele que não tem cargo comissionado e que apenas dá o seu voto por paixão, gostou disso? Será que ele não gostaria de ouvir o seu candidato se contrapor às ideias de seus concorrentes?

A TV Correio preferiu não fazer o debate, enquanto a maioria das afiliadas da Record o fez. O que se comenta é que a TV Correio tem seus motivos. Não quis deixar seu candidato preferido em “saia justa”. Jamais iria mostrar uma cadeira vazia.

A TV Cabo Branco fará o seu debate. Esperamos que, se Maranhão faltar ao debate, a TV mostre, como o fez a Master e a Tambaú, a cadeira vazia. Rearrumar as posições no cenário não vale. É preciso mostrar a posição originalmente traçada pelos organizadores e, assim, mostrar aos seus telespectadores e aos eleitores que Maranhão simplesmente se recusa a debater, sem qualquer apreço pelos eleitores que esperam ansiosos por esse último confronto ao vivo. Claro, os organizadores não precisam dizer isso com estas palavras. Basta as câmeras mostrarem o lugar vazio.

Pra bom eleitor, não precisam palavras. Uma imagem basta.

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