sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sobrinho do Governador Maranhão, "Benjamim" e Dunga respondem a processos por formação de quadrilha no caso Sanguessugas

"Benjamim" responde por formação de quadrilhas
24.09.2010 às 16h23min

Os dois candidatos respondem na justiça do Mato Grosso

Dos 72 parlamentares que tiveram pedido de indiciamento proposto pela CPI dos Sanguessugas em 2006, 39 são candidatos nestas eleições. Desses, 27 respondem a processo na Justiça Federal de Mato Grosso, onde tramita a maioria das ações contra a chamada máfia das ambulâncias. Entre os candidatos, oito foram absolvidos pelo Conselho de Ética da Câmara ou do Senado, dois tiveram contra si parecer pela cassação, mas não foram julgados pelo Plenário por causa do fim da legislatura, enquanto os demais não tiveram seus casos concluídos pelo colegiado.

Na Paraíba, os candidatos a deputado federal e estadual, Benjamim Maranhão e Carlos Dunga, respectivamente, são citados pelo levantamento realizado pelo Congresso em Foco. Confira abaixo mais detalhes sobre os processos que os dois candidatos respondem na justiça do Mato Grosso.

BENJAMIN MARANHÃO

(PMDB-PB), candidato a deputado federal

Responde a processo (28393-19.2009.4.01.3600) na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva e contra a Lei de Licitações. Foi um dos denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu em 2006.

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin de ter recebido R$ 40 mil (R$ 25 mil em espécie e R$ 15 mil em depósito bancário) em troca da apresentação de emendas que beneficiaram a Planam. Em depoimento à Justiça Federal, o empresário afirmou que o ex-parlamentar negociou com prefeitos o direcionamento, em 2004, de três licitações nos municípios de Araruna, Frei Martinho e Bananeiras, no valor individual de R$ 120 mil. Na defesa entregue à Câmara, Benjamin Maranhão rebateu as denúncias de Vedoin. Segundo ele, dos diversos municípios contemplados com suas emendas, apenas Frei Martinho comprou ambulância da Planam. O ex-deputado apresentou, na época, declarações de prefeitos beneficiados por suas emendas negando qualquer tentativa de direcionamento das licitações. Ele também disse não saber de quem era a conta bancária citada pelo empresário, por meio da qual teria sido feito o depósito. O paraibano ressaltou ainda que não estava em Brasília nas datas citadas por Vedoin como aquelas em que teriam sido feitos os pagamentos. A assessoria do candidato não retornou o contato feito pela reportagem.
Congresso em Foco

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