quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sem Maranhão, Ricardo Coutinho e Nelson Júnior deitam e rolam no debate da TV Master

Dois pesos duas medidas, maranhão não tem propostas e foge do Debate da TV-Master


Ricardo Coutinho e Nelson Júnior no debate da TV Master

O debate realizado ontem à noite pela TV Master com os candidatos ao Governo da Paraíba não contou com a presença do governador José Maranhão (PMDB), primeiro colocado nas pesquisas. Desta forma, a apresentação de propostas e os questionamentos feitos pelos internautas, jornalistas e entre os próprios participantes ficaram restritos a Ricardo Coutinho (PSB) e Nelson Júnior (PSOL).

O mediador do debate, Alex Filho, apresentou às câmeras os convites encaminhados aos três postulantes cujos partidos têm representação no Congresso Nacional. O documento direcionado a José Maranhão foi recebido pelo coordenador geral da campanha, Marcelo Weick, em 18 de agosto. Antes de proceder a apresentação dos participantes do debate, Alex comentou a ausência do candidato do PMDB:

- Entendemos ser legítimo o ato de decisão para a não vinda ao debate, mas também achamos por bem, em nome do bom jornalismo, respeitar o telespectador, o eleitor, e os demais candidatos que comparecem a este debate.
A ausência de Maranhão também foi criticada por Ricardo Coutinho (PSB) e Nelson Júnior (PSOL).

Mercado Central - Nelson começou perguntando a Ricardo as razões pelas quais ele não teria concluído a reforma do Mercado Central em quase seis anos de administração em João Pessoa.
- Na verdade, não só iniciei como cumpri o compromisso de reformar o mercado. É uma obra em andamento porque as pessoas estão lá dentro trabalhando. Eu tive que ir fazendo etapa por etapa. Já estão 70% reformados e dois outros galpões em andamento...

- É lógico que no mercado tem pessoas trabalhando, mas acho que seis anos é tempo suficiente para concluir uma obra. Como se vai por em prática tanta promessa em todo o Estado? A Paraíba também está habitada. Se o senhor não conseguiu reformar o mercado em seis anos, vai levar pelo menos uns 150 anos para por em prática tanta promessa que tem feito.

Obras estruturantes - Ao responder ao questionamento feito pelo jornalista Luís Tôrres a respeito de obras estruturantes previstas em seu programa de Governo para o Estado, Ricardo prometeu criar a Agência Estadual de Desenvolvimento da Paraíba:

- A agência vai fazer planejamento de desenvolvimento, tratar de incentivos fiscais, de crédito e fazer pontes entre organismos financiadores e a iniciativa privada. Quero democratizar o orçamento, com o orçamento democrático. As obras serão consequência disso. Vou construir o Centro de Convenções e não vou ficar com essa enganação terrível de que todos os dias tem uma proposta mirabolante que não sai do canto. Vou reformar os dois grandes estádios da Paraíba que estão quase caindo.

Tôrres insistiu no tema, citando o metrô de superfície e o porto de águas profundas
- A Paraíba cansou de enganação e demagogia. Um governo que diz que vai fazer um viaduto, que nunca saiu do chão, e não tem capacidade sequer de reformar a estação rodoviária do Varadouro é um governo que perdeu a credibilidade. Eles estão também copiando as nossas propostas, como o hospital metropolitano de Santa Rita e o 13º do Bolsa Família. É um plágio, uma pirataria... é uma cópia pirata do que estamos propondo.
Dinheiro e alianças - Já o Padre Albeni indagou a Nelson Júnior o motivo da candidatura dele, quando o PSOL tem tantas dificuldades financeiras e não conta com aliança nestas eleições. O apresentador quis saber se ele estava apenas "cumprindo tabela" na eleição:

- Quando a dificuldade é grande, nossa força aumenta. Sou candidato para que o eleitor tenha uma alternativa. Faz 20 anos que a Paraíba é governada por dois grupos. Nós temos um dos píores índices de desenvolvimento humano do Brasil. Estamos atrás da Palestina, que vive em guerra com Israel. Nosso PIB é 0,84%, um dos mais baixos do país. Nosso índice de analfabetismo é de 20%. O que esses dois grupos fizeram pela Paraíba? Desenvolveram? Não. Nós somos opção para que o eleitor não fique preso entre esses dois grupos.

O Padre insistiu:

- De graça, só as bençãos de Deus. O senhor e seu partido não tem dinheiro. Não seria melhor as esquerdas se juntarem em um bloco só, como Lula fez para chegar ao poder. Vocês acham que só vocês são puros?
- É o dinheiro que ergue e destrói coisas belas. Esse dinheiro não serve para a gente. Nós queremos fazer campanha na base das ideias. Queremos dizer o que pensamos sobre mudanças. Se for fazer aliança por tempo de TV, por dinheiro e outros acordos, o paraibano tem dois candidatos muito bons: Ricardo Coutinho e José Maranhão.

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