segunda-feira, 15 de novembro de 2010

POR ANTONIO MALVINO: O redastramento da Humilhação


A reclamação é geral. O recadastramento previdenciário a que está sendo submetido o servidor público estadual na Paraiba, não diferente de outros, transformou-se num processo de verdadeira humilhação. O trabalho, realizado por uma empresa contratada pelo Ministério da Previdência Social, está desorganizado, vagaroso e cheio de falhas.

As filas e a demora estão irritando profundamente os funcionários e, pelo andar da carruagem, nem de longe, os prazos estabelecidos para a coleta de dados – serão respeitados.

Os servidores, como se sabe, estão sendo atendidos de acordo com o mês de nascimento, mas muitos estão deixando de fazer o cadastramento por causa da bagunça reinante nos postos instalados pela empresa responsável pelo serviço.

Até o superintendente da PB-Prev, João Bosco Teixeira, veio a público ontem reconhecer que o atendimento está precário, inclusive admitindo a prorrogação do prazo para que não haja qualquer tipo de prejuízo para os trabalhadores do serviço público.

O recadastramento previdenciário é destinado a todos servidores – ativos e inativos, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

O problema maior é que a empresa contratada disponibilizou poucos funcionários e equipamentos para atender a grande massa de funcionários, ocasionando assim uma longa demora na coleta das informações. É preciso, pois, que se chame o feito à ordem para que os transtornos não continuem ocorrendo.

Agora, não é de hoje que qualquer recadastramento no serviço público provoca esse tipo de problema. Já aconteceu com os aposentados e pensionistas da Previdência Social na época do governo Fernando Henrique Cardoso, já ocorreu aqui na Paraiba no ano passado, quando o Estado mudou de banco para fazer o pagamento dos servidores e está se verificando agora com a PB-Prev.

É revoltante observar idosos, por exemplo, passar horas na fila de espera para fazer o cadastramento, sem um mínimo de conforto.

O governo deveria ter observado as condições oferecidas pela empresa responsável antes de ordenar o serviço, para não arcar com todo o desgaste decorrente de um trabalho mal feito, como está ocorrendo nesse momento.

Aliás, esse recadastramento não poderia ter vindo em época mais inadequada – em fim de gestão e depois de uma acirrada disputa eleitoral, onde nem sequer o palanque ainda foi desarmado.

Mas, ainda há tempo de consertar os erros e oferecer um atendimento mais digno aos servidores – que não tem nada a ver com desavenças políticas, nem muito menos com a incompetência de quem que quer seja.

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