quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Por Gisa Veiga: A podridão do poder


Gisa Veiga é jornalista desde a década de 80, tendo passado pelos jornais A União, O Norte, Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba e no semanário O Momento. Nessas redações, assumiu diversos cargos, de repórter a editoria. No telejornalismo teve experiências como repórter, comentarista e entrevistadora, tendo passado pelas TVs Cabo Branco, TV Tambaú, TV O Norte e como correspondente da Band. A ironia, misturada a um toque de humor, tem sido o principal tom de suas colunas.
É impressionante como um bom número de prefeitos paraibanos não aprende a lição. Gente, não está mais assim tão fácil meter a mão no erário, desviar recursos, praticar fraudes e sair impune. Claro que há aqueles que sempre dão um jeitinho para não serem descobertos, fazendo com que tudo pareça “dentro da lei”. Sabemos disso. Mas a enxurrada de denúncias de crime de responsabilidade e ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal alertam para um novo tempo.

É um tempo em que o MPF, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União estão de olhos mais abertos aos desmandos administrativos. Um tempo em que a população fuça a internet para descobrir os podres dos governos, que denuncia, que cobra atitude da Justiça e que está muito distante daquela máxima “rouba, mas faz”.

Entrei no site do MPF e descobri que, de outubro pra cá – menos de dois meses, portanto -, aquele órgão fez denúncias de fraudes, desvios e outras maracutaias e moveu ações de improbidade administrativa contra prefeitos e ex-prefeitos de 12 municípios paraibanos. Isso sem falar em outros casos, de meses anteriores.

Do mês passado pra cá, foram alvo das ações do MPF ex-prefeitos de Teixeira, Solânea, Barra de São Miguel, Monteiro, Fagundes, Nazarezinho, dois de Camalaú e dois de Condado, além dos atuais prefeitos de Arara, Lagoa Seca, Monte Horebe e Campina Grande. Em meses anteriores, o MPF acionou prefeitos e ex-prefeitos de Catingueira, Cajazeiras, coremas, Nazarezinho, Santa Cruz, Santarém e Sousa, que desviaram, juntos, mais de R$ 2,8 milhões.

Cabe a nós, eleitores, sermos cada vez mais seletivos e fazermos escolhas criteriosas. Chega de palhaçada com os cidadãos e a coisa pública. E isso vale para todos, sem exceção.

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