quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E AGORA? Maranhão dá exemplo e também dialoga com Candomblé


É a Constituição da República Federativa do Brasil que impõe um regime de liberdade religiosa no país, apesar de sermos uma nação predominantemente católica. Pois bem. Ao decretar a liberdade religiosa, a Constituição Federal supõe respeito a todas as manifestações. Não significa dizer consentimento. Mas respeito.

Ao divulgar fotos de Ricardo Coutinho participando de debates com líderes do candomblé, de origem africana, e, por tabela, acusar-lhe de fazer culto ao satanás é de uma pobreza de espírito que beira à imbecilidade. Por uma questão simples: quem pretende governar, tem a obrigação de dialogar com todos os segmentos da sociedade.

Um governante católico não vai governar apenas para católicos. Ele tem que governar para espíritas, evangélicos, budistas, hindus, enfim pra todos os que estiverem sob sua condução administrativa.

Ou o governador não pode, por exemplo, manter diálogo com a população carcerária de um estado pelo simples fato de nunca ter sido preso? O que se cobra do governante são posturas coerentes. E não exclusões demagogas.


As fotos do governador José Maranhão em reunião semelhante com lideranças de cultos africanos na Paraíba revelam bem isso. Está certo o governador Maranhão. Ele tem a obrigação de dialogar com todos os segmentos, em que pese ter outras crenças religiosas.

É preciso acabar com esse debate pobre, hipócrita e eivado de ranço político. O governador José Maranhão, líder maior daqueles bajuladores do Palácio da Redenção, está provando que o governante tem que dialogar com o candomblé também.

Mesmo sendo católico por opção.

Luís Tôrres

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