segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ESCRITO POR FABIANO GOMES: A culpa é dos bajuladores


Fabiano Gomes
Fabiano Gomes começou a carreira como radialista em Cajazeiras, no sertão paraibano. Aos 14 anos, iniciou na rádio Cidade FM e passou ainda na Arapuan FM Sertão e Alto Piranhas AM. Depois se mudou para João Pessoa, onde passou a comandar durante dois anos o programa jornalístico Rádio Verdade, na rádio Arapuan, ao meio-dia. Fabiano também foi colunista e proprietário do PB Agora como também colunista do CLICKPB.



A única vantagem do segundo turno é que ele permite aos candidatos identificar e, principalmente, corrigir os erros de toda uma campanha. Quem não tiver perspicácia e, especialmente, humildade para corrigi-los estará fadado a repetir o mesmo deslize no segundo turno e, consequentemente, colocar toda uma eleição a perder.

Quem acompanhou, mesmo que de longe, a campanha do governador José Maranhão pôde perceber que ele foi “vítima” de um dos principais erros de campanha. A blindagem excessiva.

Digo “vítima” porque o erro é mais responsabilidade dos seus assessores diretos do que do próprio governador.

Os assessores de Maranhão, aqueles provenientes do governo e os da equipe marketing, colocaram o candidato numa redoma de vidro e achavam que poderiam ganhar uma eleição real com um candidato virtual.

Tiraram Maranhão dos debates como um pai que super protege o filho e o faz mais fraco do que os outros.

Disseram a Maranhão que, como governador, ele não precisava confrontar suas ideias com a de Ricardo Coutinho. Que, como governador, ele ganharia sem fazer esforço. Que poderia falar pouco até no próprio Guia Eleitoral. Bastava fazer o dever de casa político, conquistando aliados, que estava eleito.

Esconderam a realidade de Maranhão.

Só o informavam sobre pesquisas em que ele era franco favorito. Certamente, em nenhuma delas, levaram a Maranhão a perceber que havia um silêncio “estranho” entre aqueles que acompanhavam a campanha de longe.

Não é possível que nenhum dos seguidores de Maranhão teve a coragem de dizer: “Podemos ser traídos pelos eleitores”.

Maquiavel já dizia que não há nada pior para um governante que os bajuladores. Maranhão, do alto do seu cargo, os teve (e ainda tem) em excesso. E eles foram preponderantes para cegá-lo diante do adversário.

No segundo turno, o que mais Maranhão precisa é de um aliado sincero. Aquele que tenha coragem de dizer simplesmente que é possível perder uma campanha para um candidato da oposição.

Sigam Fabiano no twitter: www.twitter.com/fabianogomespb

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