Agnaldo Almeida
Agnaldo Almeida ingressou no jornalismo em 1970, como repórter do Diário da Borborema. Ele atuou ainda nos jornais Correio da Paraíba, A União, O Norte e O Momento, como redator e colunista, do semanário A Carta como chefe de redação e editor, além de secretário de Comunicação do Governo Ronaldo Cunha Lima.
Agnaldo Almeida ingressou no jornalismo em 1970, como repórter do Diário da Borborema. Ele atuou ainda nos jornais Correio da Paraíba, A União, O Norte e O Momento, como redator e colunista, do semanário A Carta como chefe de redação e editor, além de secretário de Comunicação do Governo Ronaldo Cunha Lima.
Sob a égide da Lei da Ficha Limpa, a Paraíba está encerrando uma de suas campanhas políticas mais sujas. Sujas e bobas. Até Satanás, o anjo decaído, entrou em pauta. Utilizando-se de helicópteros, aviõezinhos particulares e outros veículos, os defensores de um candidato acharam por bem trazer a debate temas que passaram pela satanização dos opositores e pela ridícula legalização das drogas.
Foi uma campanha boba e suja. Boba porque se quis passar a ideia de que o Tinhoso tinha tomado partido, quando se sabe que o “Não-sei-diga” tem mais o que fazer e jamais demonstrou ter qualquer preocupação com os destinos políticos da Paraíba. O eleitorado não se deixa mais levar por estes truques de última hora.
E por que suja? Porque mais uma vez a mentira imperou nos discursos políticos, com a deliberada intenção de destruir reputações, de ofender a imagem pública de opositores. Quiseram vincular a candidatura do PSB à discussão sobre legalização de drogas, mesmo sabendo que tudo não passava de uma grosseira invencionice.
Quando a Lei da Ficha Limpa foi aprovada, ficou no ar a impressão de que, afinal, a partir de agora nós teríamos campanhas mais assépticas do ponto de vista da civilidade política. Nada disso. Por tudo o que ocorreu, as coisas parecem estar piorando.
As denúncias de compra de votos, de distribuição de dinheiro e alimentos e o uso desenfreado de benefícios públicos para se manter no poder deram-se, praticamente, à vista de todos. Mas, como acontece sempre, os autores dos delitos continuam lépidos e fagueiros, tramando nos seus esconderijos o que fazer, mais ainda, para fraudar as eleições do próximo domingo.
Até o presidente da República, um homem que chegou ao Palácio desafiando a chamada elite política nacional, mandou às favas o ritual do cargo e expôs-se na defesa de seu partido como nunca antes na história deste país.
Mas, deixemos tudo isso pra lá. O importante é que na eleição de domingo o homem simples da rua, tendo ou não recebido favores, vote com a sua consciência. Mostre que essas malandragens eleitorais não têm mais vez nas sucessões paraibana.
Sei que é pedir muito, mas nunca é demais esperar que uma malandragem se pague com outra. Quem distribuiu dinheiro, empregos e alimentos em troca de votos merece receber um troco.
E o momento certo de dá-lo é na urna eletrônica.
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