quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Senador Romeu Tuma será enterrado hoje em cemitério de São PauloCorpo está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo


ÀS 13 HORAS
O senador Romeu Tuma morreu às 13h desta ontem, aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Internado desde o dia 2 de setembro, ele passou por uma cirurgia cardíaca no dia 2 de outubro, quando foi colocado um dispositivo de assistência ventricular chamado Berlin Heart --o aparelho é um coração artificial.

O corpo está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo desde às 20h de ontem. O enterro será hoje, às 15h, no Cemitério São Paulo. Romeu Tuma começou sua carreira política em 1994, quando foi eleito senador, mas se projetou nacionalmente como policial. Casado com Zilda Dirane, Tuma teve quatro filhos e nove netos.

Nascido na capital paulista em 4 de outubro de 1931, Tuma ingressou na Polícia Civil do Estado em 1951, na função de investigador. Nos anos 60, concluiu o curso de direito na PUC e se tornou delegado em 1967.

A partir de 1969 começou a trabalhar com o delegado Sérgio Paranhos Fleury no Serviço de Inteligência do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), órgão que passou a dirigir em 1975, durante a gestão do coronel Erasmo Dias na Secretaria de Segurança. Sob o comando de Fleury, atuou no combate às organizações de esquerda e na repressão aos movimentos grevistas. Também colaborava com o SNI (Serviço Nacional de Informações). Em 1980, quando Lula e outros sindicalistas do ABC ficaram presos no Dops após intervenção federal no sindicato, o atual presidente declarou que foi bem tratado pelo seu carcereiro.

Em novembro de 1982, depois que o PMDB venceu a eleição para o governo de São Paulo, o então governador, José Maria Marin (PDS), ordenou a Tuma que levasse os arquivos do Dops paulista para a Polícia Federal, para evitar que a oposição tivesse acesso aos documentos.

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