terça-feira, 26 de outubro de 2010

Por Fábio Bernado: efeito Cássio no 2º turno


fabiocbernardo@paraibaja.com.br
Fábio Cabral Bernardo é radialista e jornalista graduado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Iniciou a carreira em 1995 no Jornal A União, onde foi repórter e editor setorial. Em 1998, ingressou no Jornal Correio da Paraíba, onde atuou como editor-adjunto de Esportes e de Política, além de ter assinado a Coluna ‘Informe’, na companhia do jornalista Josival Pereira. Trabalhou nas rádios CBN, Correio, Sanhauá e O Norte. De 2003 a 2009, foi coordenador de Comunicação e Marketing da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).

Ninguém tem coragem de assumir publicamente, mas a verdade é que o núcleo duro da campanha do governador José Maranhão não gostou nada do resultado do julgamento no TSE, que manteve indeferido o registro da candidatura do ex-governador Cássio Cunha Lima ao Senado Federal. Para a cúpula maranhista, o melhor mesmo seria que a decisão ficasse para depois do segundo turno.

O fato é que, ao manter indeferida a candidatura de Cássio, o TSE acabou despertando, ainda mais, a ira do eleitor do ex-governador em direção a Maranhão. No íntimo, os verdadeiros cassistas atribuem ao candidato peemedebista a culpa pelo revés na Justiça Eleitoral do senador eleito com mais de 1 milhão de votos.

O resultado das urnas do último dia 3 mostrou que muitos eleitores de Cássio optaram por votar em Maranhão. Com a decisão desfavorável ao tucano no TSE, a cúpula maranhista teme que, insatisfeitos, esses eleitores agora no segundo turno queriam se vingar do candidato do PMDB à reeleição.

Pior – logicamente para a campanha do PMDB - é que o temor faz sentido, pois, até mesmo em João Pessoa, onde Cássio nunca recebeu votações expressivas, o eleitor anda se mostrando sensível com a situação vivida pelo senador eleito.

O temor dos maranhistas é que, nos grandes centros, como João Pessoa, Campina Grande, Bayeux, Santa Rita, Guarabira, Patos, Sousa e Cajazeiras, o eleitor cassista queira despejar toda sua ira no governador Maranhão, impondo-o uma derrota acachapante neste segundo turno.

Ouvidos pela Coluna, muitos tucanos do bico grande apostam que, em João Pessoa e Campina, a diferença entre Ricardo e Maranhão deve aumentar significamente neste segundo.

Agora, é esperar pra ver o que de fato vai acontecer no próximo dia 31.

Até às urnas!

(in) Justiça Eleitoral
Ainda sobre o indeferimento da candidatura de Cássio no TSE, a Coluna publica abaixo na íntegra, sem tirar nem por, comentário enviado pela (e) leitora Francisca Neto, da cidade de Patos.

Eis o que pensa a (e) leitora:

É incrível o desrespeito que a Justiça Eleitoral tem com o eleitor paraibano, onde nosso direito de votar e escolher quem nos represente, pela 2º vez foi ignorada.

Primeiro cassaram o governador Cássio (eleito em 2006 pela vontade dos paraibanos), porque entenderam que ele tinha usado um programa de governo em ano eleitoral e assim ele tinha sido vitorioso por esse motivo. Ai então, além de impor o 2º colocado rejeitado no primeiro e segundo turno de quebra deram imunidade parlamentar a Roberto Cavalcanti que substituiu o então senador Maranhão.

Só que a Paraíba entendeu que os verdadeiros fichas sujas a Justiça Eleitoral colocou no poder.

Cássio cumpriu as determinações da Justiça. Em 2010, se candidatou ao Senado e logo o TRE tratou de indeferir sua candidatura. Recorrido ao TSE, ficou adormecido o processo. O TSE, dias antes do primeiro turno, liberou candidatos que tinham sido cassado pelos mesmos motivos de Cássio.

No 1º turno, os paraibanos elegeram Cássio com mais de 1.000.000 (UM MILHÃO) de votos, sendo assim o mais votado de todos os cargos na Paraíba.

Ai vem o TSE, o mesmo que liberou os candidatos no 1º turno, indeferir a de Cássio.

Para os mais de UM MILHÃO de paraibanos, as decisões do TRE e TSE, na verdade não são decisões justas e sim políticas.

QUE VERGONHA (IN) JUSTIÇA ELEITORAL

Francisca neta - Patos- PB

É preciso registrar
Até os dias de hoje, o Paraíba Já nunca recebeu qualquer material de divulgação da campanha do governador José Maranhão, candidato à reeleição pelo PMDB. Ao contrário da assessoria jurídica, que acionou o TRE-PB para multar o Paraíba Já em R$ 5 mil, a assessoria de imprensa do candidato do PMDB prefere ignorar nosso portal. Depois não venham nos acusar de parcialidade. Todos os dias e várias vezes ao dia, o Paraíba Já recebe notícias da campanha de Ricardo Coutinho (PSB).

Iraê reage
Assessores da deputa Iraê Lucena (PMDB), que esta semana rompeu com a candidatura do governador José Maranhão, revelaram à Coluna que a parlamentar deve oficializar nos próximos dias a adesão de dois prefeitos do Litoral Sul à campanha de Ricardo Coutinho.

Informação com credibilidade
Com pouco mais de cinco meses de atuação, o Paraíba Já denunciou dois episódios que ganharam grande repercussão, inclusive, fora da Paraíba. A denúncia de que pacientes do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira estavam sendo vítimas de estupro, ultrapassou as fronteiras paraibanas e trouxe a João Pessoa a visita de um técnico do Ministério da Saúde para vistoriar a unidade hospitalar. Agora mais recentemente, a denúncia publicada em primeira mão pelo Paraíba Já de que uma licitação na Cagepa pode gerar um prejuízo superior a R$ 1 bilhão, virou mote e pode se gerar a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa.

Isso é fazer jornalismo sem mordaça...

A pergunta que não quer calar...
Será que posso processar os quatro ministros que “cassaram” meu voto para senador em Cássio Cunha Lima?

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